Dois donos de oficinas mecânicas estão entre os quatro homens presos nesta segunda-feira (6) por suspeita de envolvimento no roubo de fios de cobre da Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame, pertencente à Cagepa. O crime, ocorrido em 31 de outubro de 2024, causou um desabastecimento massivo de água que afetou os municípios de Cabedelo, Conde e 80% de João Pessoa, deixando cerca de 760 mil pessoas sem fornecimento.
Planejamento e execução
Segundo o delegado Braz Morroni, um dos donos de oficina foi responsável por planejar o crime e disponibilizar os veículos usados no roubo, enquanto os outros integrantes realizaram a ação. Além disso, um dos suspeitos teria ligações com o tráfico de drogas na comunidade do Taipa, no bairro Costa e Silva, em João Pessoa, onde as prisões foram realizadas.
Durante a operação, a polícia apreendeu celulares e veículos relacionados ao crime. Nenhuma parte do cobre roubado foi recuperada até o momento.
Grupo criminoso investigado
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos fazem parte de um grupo criminoso especializado em roubos de grandes quantidades de cobre em diversos estabelecimentos. No início de novembro, outras duas pessoas foram presas: um funcionário de uma oficina pertencente ao mentor do crime e uma mulher flagrada com o celular roubado de uma funcionária da Cagepa durante a ação.
“Esse grupo tem sido investigado por outras ações similares, e seguimos trabalhando para identificar todos os envolvidos e recuperar os materiais roubados”, afirmou o delegado.
Prisões e impacto
Os suspeitos tiveram prisão preventiva decretada e serão interrogados. O roubo, além de gerar prejuízos financeiros, trouxe graves consequências para a população da Grande João Pessoa, que enfrentou dias sem água devido ao crime.
As investigações continuam, e a polícia pede que qualquer informação que ajude na localização dos materiais roubados seja repassada de forma anônima.
Por Redação
